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Nomeação de servidores gera polêmica em São Martinho da Serra

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)

A cidade de São Martinho da Serra, com pouco mais de 3 mil habitantes, vive um embate político envolvendo a criação de cargos públicos. Durante o recesso parlamentar, a prefeitura enviou ao Legislativo, em caráter de urgência, dois projetos que preveem a nomeação de três profissionais aprovados em concurso público para atuarem no Executivo: um contador, um técnico em informática e um motorista. O custo ao município, caso os cargos sejam ocupados, gira em torno de R$ 7,4 mil mensais.

A matéria, divididas em dois projetos, será votada hoje, às 14h, em sessão extraordinária na Câmara. Com minoria no Legislativo, as possíveis nomeações geraram indignação do bloco de oposição ao governo municipal. A estratégia de convocar uma sessão extraordinária para o início da tarde, segundo a vereadora Maria Cristina Toaldo (Democratas), é uma tentativa de desmobilizar parte da população, que é contra as nomeações. As sessões normalmente iniciam às 18h.

- É um verdadeiro cabide de empregos em ano eleitoral - afirma a vereadora, ao justificar que as contratações seriam desnecessárias, já que o Executivo conta com um número expressivo de motoristas, além de dois contadores e um técnico em contabilidade. 

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Já em relação ao cargo de técnico de informática, Cristina afirma que a prefeitura conta com um serviço terceirizado há muitos anos, o que não explicaria a contratação de um profissional, justamente em ano eleitoral.

Conforme a justificativa do projeto de lei que autoriza a contratação de um contador e um técnico em informática, o Executivo afirma que "justifica-se a necessidade da criação da vaga de contador, em razão do aumento expressivo da demanda de trabalho no setor, sobretudo, após a descoberta de desvio de recursos públicos no município. Além disso, atualmente, apesar de o quadro ser composto por dois contadores, apenas um deles exerce suas funções na contabilidade".

Em relação aos motoristas, a justificativa é que os 21 profissionais do município são insuficientes para a demanda de trabalho.

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- Não está acontecendo nada. A oposição, ao meu entender, faz drama em qualquer situação - afirma o líder do governo da Câmara, Roque Longhi (Progressistas).

O Diário procurou o prefeito, Gilson de Almeida (Progressistas), para falar sobre a necessidade de contratação emergencial desses profissionais. Entretanto, ele preferiu não se manifestar. Pouco depois, em rede social, Almeida declarou: "Recebendo ligações da imprensa, logo penso que é sobre a estiagem, não é. E sim o alarde da oposição sobre projeto de vagas para concursados! O desespero é grande, mas estou preocupado com a falta de água e estamos adotando todas medidas possíveis para amenizar a situação. É hora de trabalhar para o bem da população e não fazer populismo".

DESVIO DE VERBAS
Apesar de pequeno, o município de São Martinho da Serra tem causado barulho nos últimos tempos. Entre 2014 e 2019, R$ 543 mil teriam sido transferidos do Executivo para a conta pessoal de um ex-tesoureiro. O caso, que veio à tona no ano passado, motivou um inquérito na Polícia Civil, uma apuração na prefeitura e a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara de Vereadores. Atualmente, o desvio é investigado pelo Ministério Público, que solicitou à Polícia Civil para assumir todo o trabalho. 

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